Uma flor nasceu! Lá estava ela em seu mundo, sendo feliz por ter uma vida, tendo tudo o que precisava para uma existência feliz! Mas, quando por duas mãos brutas foi arrancada do seu lar, destruída sentiu-se triste vendo a vida ir entre um pouco de terra ou outro que caia, assim como uma ferida que sangra, assim foi com suas raízes tão sensíveis que nem ao menos conseguia resistir a agressividade que acontecia no momento!
Uma flor morreu! Lá estava ela com seu brilho, com sua bela aparência de vida, mas morta estava! Fez a alegria de um momento para quem a teve, embelezou um vaso, atraiu olhares e se fez de enfeite. "Será que a flor queria isso?" - era o que uma voz do além perguntava.
Uma flor partiu! Lá estava ela esquecida de sua existência, fragmentando-se em pedaços que incomodava quem os via e dava uma aparência feia ao ambiente que estava. "Será que vale a pena matar suas raízes para ter o belo e o bom nas mãos por momento passageiro?" - novamente uma pergunta lançada ao ar.
Uma flor já não mais existia! O que tinha ali naquela canto a não ser o espaço vazio? Era o que tinha para se ver naquele lugar esquecido, que um dia brilhou uma flor morta. "Será que a vida é uma flor que pode ser arrancada de sua raíz?"
Estranho é que a flor pode não ser um flor - e não é! Já vi flores vivas, mas também já vi várias serem mortas, algumas se defenderam com seus espinhos, outras em seu broto esperando para nascer e poder viver...
A luta pela vida é como uma flor que tenta sobreviver aos ataques externos, são eles que levam algumas vezes ao enfraquecimento a situações desagradáveis. Viver requer lutas que vão além dos outros e outras que estão dentro de você, somos nós algumas vezes inimigos de nós mesmos...
Ser uma flor e ser espinho é a ordem da vida! Aprender a ser delicada e se defender, é a lei da sobrevivência é o que há para garantir que ainda há caminho para trilhar...
Por: Nara Aragão