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sábado, 13 de agosto de 2011

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     Um dia aprendi a andar e você estava lá comemorando cada passo que eu dava, cada palavra que eu tentava falar em cima de outras existentes e dava gargalhadas com minhas risadas inocentes tão sinceras que nem motivos muito grandes precisava para que elas brotassem do meu rosto.

     Por vezes, o percebi tão longe quando passei a entender um pouco do que era eu e o que era você na minha vida! Mas antes de percebê-lo longe senti cada momento como uma dor estranha, ela não era física - eu queria te abraçar e não podia, eu queria conversar e  não tinha assunto, eu queria só ter um pouco de atenção e não sabia como atrair, mas enfim... Criança eu era, criança ainda sou nesse aspecto preciso de você do mesmo jeito de quando eu tinha necessidade de colo para ser locomovida ou de um braço "forte" para abrir a garrafa de refrigerante!

     Sempre sonhei com histórias de novelas e filmes para minha vida - sei que é ficção -, mas a ficção na vida é a realidade de cada momento! Sempre admirei suas qualidades, mas nossos defeitos se chocam com muito mais frequência.

     Abrindo cada página da vida percebo que o erro vem de longo tempo, o erro que ambos cometemos e que o orgulho persiste em deixá-lo existindo entre nós. Já aprendi que para algo dar certo sempre um tem que abrir mão, mas parece tarefa impossível essa! Será que é esse o futuro que queremos pra gente? Será que essa realidade satisfaz essa infelicidade de perceber o doce ser amargo por pura falta de vontade de melhoria? Será que é isso que quero continuar vivendo?

    Infelizmente é ruim perceber que a distância do que está tão perto dói, mas é ela que me mantém perto de você e tudo isso porque: existe um "elo" maior...



Por: Nara Aragão


Um comentário:

  1. Desde que te conheci percebi essa necessidade, via isso nos seus olhos e na forma como observava as coisas mais simples desse mundo. Um abraço de pai é simples, contudo, isso não tira a maestria da situação, nem seu calor. E era isso que sentia falta em seus olhos.

    Mas olhe pra você, com tantos desencontros, dissabores, olhe a linda pessoa em que se tornou, a menina mulher que a cada gota de suas palavras encharca meio mundo com sua delicadeza em sentimento... olhe pra você e perceba que seus olhos podem até procurar este abraço, este conforto de pai, mas a energia que brota deles, em contrapartida, faz nascer plantas ornamentais em pedras secas!

    Veja o que se tornou!!

    Linda!

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