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terça-feira, 3 de maio de 2011

Sou riso amarelo!



...Numa tarde fria, sombria, nublada, assim como o coração daquele que nada adiantava para o tornar alegre, sorridente, sabe parecia que sempre estava em tempestade por dentro... Até que um dia ao se olhar no espelho em um monólogo aquele ser de duas pernas se pegou questionando a vida:
- Qual o objetivo de se viver?
- Bom, pode ser porque o coração bate e também a gente não escolhe nascer, cometer  suicídio é pecado, acho que é isso!
- Por que esse sorriso triste, essa feição envelhecida?
- Essa é fácil, tenho problemas demais, minha vida não vale à pena, a rotina já me consumiu entre as coisas consumidas estão os meus sonhos que cada vez estão mais distantes estão e nada adianta para que eu me torne uma pessoa feliz novamente!
- O que ganho tentando mostrar ao mundo com essa cara de mau se meu coração pede para eu sorrir e me divertir com os outros?
- O medo de ser feliz e querer viver isso até o último suspiro. – isso o deixou pensativo
Nesse momento o silêncio interno aconteceu, onde foi silenciado até os pensamentos.
Alguns dias se passaram e uma chuva de pensamentos tomou conta da sua cabeça:
- Estou esquecendo de que o tempo não para, de que o tempo é meu aliado quando bem aproveitado, eu sei que tenha uma última coisa a fazer, eu sei que meu coração é bom, eu sei que tenho que sair de dentro desse casco que me torna um animal asqueroso e assusto os outros. Como não pude perceber que a felicidade me abraçou diversas vezes, mesmo quando a solidão predominava na minha vida e  a felicidade só queria afastar essa nuvem negra da minha vida para que o restante da minha mísera vida fosse algo bom. Algo queria me ensinar a caminhar novamente era a esperança que me observa com carinho mesmo eu sendo um ser tão embrutecido... Bom, sei que tempo não me resta, mas dói perceber essa pedra que mora em meu peito preciso me livrar dela, amaciar e deixar aveludado para que eu possa viver intensamente o que me resta!
Mais uma última oportunidade ele teve...Foi quando ele falou pra si mesmo:
- Tempo eu já não tenho, as cãs tomam conta da minha cabeça, minhas pernas perdem as forças, minha respiração está ofegante, meus olhos enchem-se de lágrimas, meu sorriso continua amarelo, mas meu sonho não vai morrer enquanto eu estiver vivo... Amo minha família e a última coisa que preciso fazer é dar um abraço e dizer que os amo muito que apesar da dureza contida em meu peito por esses longos anos o sentimento mais puro resistiu a essa catástrofe que aconteceu em minha vida!
-...........................................................................................
E com esse pensamento ele seguiu a casa onde morava sua família que ele havia abandonado quando no casco duro ele entrou. Chegando lá, não os encontrou, mas o momento tão agoniante e triste veio a lhe tomar pelos braços... Ele partiu, mas partiu como um vencedor dos antigos conceitos enxergando a vida com outros olhos, a última coisa que ele tinha a fazer foi feita apesar de não ter sido sentida...
Horizontalizando o corpo, alma desprende voalma para o mistério da vida, voa para o além, pois é algo sem matéria, matéria essa desnecessária... O ontem já se foi e o hoje não existe!





Por: Nara Aragão


ps.:bom, essa é a tentativa de escrever um conto, é a primeira vez que faço isso. Achei legal a proposta do blog Boínquês e ai estão algumas palavras dispostas a formar alguma coisa... Este é o tema: 65ª edição conto/história - Eu ainda tenho uma última coisa pra fazer. 



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